Polícia Federal investiga ligação da construtora Piemonte à suposto caixa 2 de Beto Richa - 20 de Julho de 2009 - Como anda este serviço que o beto deixei para os Curitiba. A polícia Federal deve se pronuncias.Mais uma que FICOU para o povo curitiba.
Leia matéria completa, deu no Blog do Esmael.
* Há suspeita de que a Piemonte tenha irrigado com dinheiro de caixa dois 16 comitês na campanha de Beto Richa
* Empresa comprou 5.260 m2 por apenas R$ 1
O Brasil inteiro tomou conhecimento, por meio de uma reportagem da Folha de S. Paulo, no último dia 11 de julho, de que boa parte do suado dinheirinho do contribuinte, que sofre para pagar o IPTU, pode estar indo direto para o ralo da corrupção eleitoral em Curitiba. Os desvios de recursos públicos teriam sido destinados à compra de apoios e à formação de caixa 2 na campanha de reeleição do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).
O jornal paulista revelou que um vídeo gravado pelo procurador do município, Ivan Bonilha, e pelo diretor da Urbs, Fernando Ghignone, mostra o empresário Rodrigo Oriente, um ex-diretor da Construtora Piemonte, listando vários casos de corrupção na prefeitura e fraudes na arrecadação de IPTU para alimentar a campanha tucana.
O interesse da Piemonte Construtora e Incorporações Ltda. pelas campanhas políticas vêm ampliando a cada disputa eleitoral. Em 2004, a empresa havia doado dinheiro para três candidatos a prefeito. A saber: R$ 90 mil para Osmar Bertoldi (PFL); R$ 30 mil para Beto Richa (PSDB) e R$ 10 mil para Ângelo Vanhoni (PT).
Na campanha de Cássio Taniguchi à Câmara Federal, em 2006, a construtora despejou R$ 100 mil.
Em 2008, a mesma Piemonte, comandada pelo empresário Rui Luís Demeterco, se destacou na contribuição financeira à campanha de reeleição do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Doou R$ 201 mil ao tucano.
Ressalve-se que as doações da Piemonte enumeradas acima foram todas realizadas por “dentro”, ou seja, entraram nas prestações de contas oficiais dos candidatos na Justiça Eleitoral. As doações são legais. O que não é legal, nem moral, é o fato de a construtora prestar serviços para a prefeitura de Curitiba.
Proporcionalmente, os negócios com loteamentos populares da Piemonte só aumentaram, em Curitiba, na mesma proporção que as doações para campanhas políticas aumentaram. A empresa privada tem uma “parceria” com a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). Para executar o serviço de loteamento não há licitação.
Como funciona o negócio
A construtora Piemonte é especializada em lotear áreas com tamanho em torno de 140 metros quadrados, que são vendidos para as famílias inscritas na fila da Cohab. São os chamados loteamentos populares. De acordo com as normas do programa de parceria entre empresa e a prefeitura de Curitiba, 20% das unidades, quando prontas, serão transferidas para o Fundo Municipal de Habitação e comercializadas diretamente pela Cohab, para famílias com renda de até três salários mínimos. Os lotes restantes (80%) são ofertados pela empresa para as famílias com renda acima de três salários.
O diabo é que a Piemonte não é, assim, digamos, muito religiosa na entrega dos loteamentos com benfeitorias prometidas. Várias reclamações foram protocoladas no Procon e no IPDC (Instituto de Proteção e Defesa dos Consumidores e Cidadãos) por causa disso. Por meio de uma pesquisa realizada pelo próprio IPDC foi possível constatar, no Registro de Imóveis, 8° Circunscrição de Curitiba, matricula n° 5521, que a área de 2.838.660,00 m² do loteamento Rio Bonito, no bairro Campo Santana, foi adquirida pela empresa Piemonte Construções e Incorporações Ltda por R$ 87.532,00. Ou seja, por apenas R$ 1 (um real) a Piemonte comprou 5.260 m2. Isso mesmo! Por apenas uma moeda de um real. A construtora pagou apenas R$ 0,03 (três centavos de real) por cada metro quadrado. Uma “baba”.
Para as famílias pobres que precisam de um teto para morar, a Piemonte revendeu 6.200 lotes, só neste loteamento, cuja metragem varia de 100 a 140 m2, com preços 3500 vezes maiores daquele que adquiriu a área. Os contratos de venda sempre trazem cláusulas abusivas, que tornam os valores impagáveis para os assalariados – o público-alvo da construtora.
Relações políticas
Boa parte dos políticos, sobretudo os vereadores de Curitiba, gosta de bajular a Piemonte. Vários vereadores e até deputados estaduais apresentaram nos últimos dois anos requerimentos indicando o empresário Rodrigo Oriente para receber honras públicas “pelo serviço prestado”. Coincidentemente, vários deles também foram agraciados por contribuições nas campanhas eleitorais